sábado, 7 de maio de 2011

ENTREVISTA DO MISTER AO JORNAL SOBERANIA DO POVO

A ADT assegurou o título distrital da 2ª. Divisão a quatro jornadas do final do campeonato. Estava à espera de um percurso tão... fácil?
JM: Quando nós preparamos a equipa no início da época, logicamente que pensamos ter rentabilidade em termos de jogo e em termos de resultados. É para isso que treinamos e trabalhamos. É verdade que os resultados excederam as expectativas. Não foi fácil um percurso destes em que assegurámos a subida a 5 jornadas e o título a 4 jornadas do final. Não pensávamos que fosse possível fazermos um percurso assim, mas o que aconteceu é que, por mérito da equipa e dos jogadores, as coisas foram correndo bem, a equipa foi acreditando, foi jogando cada vez melhor e hoje se virmos as coisas para trás, pensamos que há alguma justiça neste percurso, que já não é surpresa, face à qualidade que a equipa tem demonstrado.

Quais foram, no seu entender, as bases do êxito?
JM: Estes resultados são fruto de um trabalho iniciado à seis anos atrás pelo treinador Romão, altura em que eu era jogador da equipa. Este ano, o facto de alguns jogadores que já nessa altura pertenciam à equipa continuarem a treinar e a reentrada de alguns jogadores na equipa permitiram dar continuidade a esse trabalho desenvolvido. Outro factor muito importante foi a qualidade dos jogadores, com a boa adaptação dos novos jogadores à equipa, aos métodos de trabalho e à filosofia do clube. Esta adaptação foi mais rápida do que nós pensávamos e os resultados ao longo da época foram mérito dos jogadores. Outro factor também crucial foi a excelente condição física demonstrada pela equipa na maior parte da época e que nos possibilitou fantásticas segundas partes.

Qual é o balanço que faz da temporada?
JM: Do meu ponto de vista foi uma época muito positiva, com um arranque irregular, que se refletiu na eliminação da taça distrital na primeira ronda e na derrota na 3ª jornada em Arouca. Após essa fase a equipa foi crescendo, os processos e o modelo de jogo foram evoluindo e os resultados foram aparecendo com facilidade e sem muitas surpresas.

Quais foram as principais adversidades com que a equipa se deparou ao longo desta época?
JM: Foi uma época muito tranquila no que se refere a lesões de jogadores. Na maior parte dos jogos tive todos os jogadores ao meu dispor. Mesmo quando essas lesões apareceram os restantes jogadores da equipa souberam estar à altura dos acontecimentos e responder de forma positiva ao solicitado por mim. Penso que a grande adversidade sentida pela equipa foi a forma como a maior parte das equipas desta divisão encaram os jogos, assumindo uma atitude apática e extremamente defensiva que por vezes leva a pensar que existe a possibilidade de “descer de divisão “.

O que é que a ADT poderá fazer no seu regresso à 1ª. divisão distrital de Aveiro?
JM: Eu, os jogadores e a própria instituição queremos fazer melhor e temos obrigação disso. Claro que todos os clubes querem chegar aos lugares mais altos e como é lógico nós também o queremos. Sabemos perfeitamente que o Campeonato é muito mais competitivo do que o da 2ª divisão, no entanto tudo pode acontecer e resta-nos trabalhar e acreditar. Temos de ser muito fortes em casa e ser o mais regular possível no desenrolar do campeonato.

Está disponível para continuar no comando técnico da equipa?
JM: Neste momento diria que sim. Se aquilo que eu acho que deve ser a estrutura do futsal se mantiver e a Direcção conseguir dar à modalidade o apoio que ela necessita, então logicamente que ficarei.

Quais são os seus objectivos enquanto treinador de futsal?
JM: Os meus objectivos passam por conseguir colocar a equipa a jogar um futsal ofensivo com uma atitude de constante busca pela vitória sem nunca ter medo de assumir o jogo. Quero propor metas passíveis de serem atingidas, colocando objectivos reais e progressivos e tomando decisões congruentes com o caminho planeado.

Como é que está o futsal no distrito de Aveiro?
JM: Penso que existem boas equipas no distrito de Aveiro a praticar um bom futsal, tais como o Covão do Lobo, o A.C.R., Ossela, etc… mas tal como no futebol, as equipas de futsal devem apostar na formação e fazer um trabalho de base e não ter pressa de atingir rapidamente resultados na formação. No entanto é urgente que esse trabalho não seja interrompido pois as divisões mais baixas, mais propriamente a 2ª divisão distrital necessita de jogadores com formação para que o nível de futsal praticado pelas equipas possa crescer, já que neste momento é muito baixo.

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